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Uma mudança radical

17/08/2020 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série em Efésios

Série Efésios 21

Texto bíblico básico: Efésios 4.25-32

Os versículos anteriores aos indicados aqui falam da necessidade de renovação da nossa vida. Foi o tema da mensagem anterior sobre Efésios. Para lembrar e como base para a meditação de hoje, segue aqui esse texto:

Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade (Ef 4.22-24).

Depois de dizer o que devemos fazer, Paulo passa a ensinar como fazê-lo. São várias atitudes do velho homem que devemos abandonar. A primeira delas é a mentira.

A mentira está na origem de todo pecado e, assim, da degeneração da humanidade. Tudo isso começou com uma mentira de Satanás a Eva no Jardim do Éden. Jesus reportou-se a isso quando os líderes judeus se opuseram a ele:

Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44).

Mentiras não são apenas inverdades que proferimos, mas também a hipocrisia – o fingimento de sermos algo que na verdade não somos. A mentira é a própria negação de Deus, que é a verdade em pessoa, conforme explica Tiago:

Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes (Tg 1.17).

Paulo explica que devemos ser verdadeiros porque somos membros de um só corpo e é necessário cultivar a união desse corpo, conforme Jesus insistiu:

Respondeu Jesus: “‘Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’” (Mt 22.37-29).

Abandone a ira

Diante disso, alguém poderia alegar que, afinal, a Bíblia permite a ira. Jesus mesmo se irou:

Irado, olhou para os que estavam à sua volta e, profundamente entristecido por causa dos seus corações endurecidos, disse ao homem: “Estenda a mão”. Ele a estendeu e ela foi restaurada (Mc 3.5).

É verdade, mas Jesus não se irou contra alguém, mas com o mau procedimento daquelas pessoas. Foi a mesma espécie de ira que induziu Jesus a purificar o templo.

O texto de Efésios fala de dois tipos de ira: a justa indignação com alguma malfeitoria (v 26a) e o rancor pessoal contra alguém (v 26b), que destrói a paz e que por isso devemos tratar de apaziguar logo (“antes que o sol se ponha”). Jesus insiste nisso e João o comenta em sua primeira carta:

Se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta (Mt 5.23-24).

Quem afirma estar na luz, mas odeia seu irmão, continua nas trevas. Quem ama seu irmão permanece na luz e nele não há causa de tropeço, mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram (1Jo 2.9-11).

Cultivar a ira seria dar lugar ao diabo, completa Paulo.

Abandonar o roubo

Também aqui se poderia alegar que, afinal, não somos ladrões e não roubamos. No entanto, vale a pena considerar aqui um comentário de Martyn Lloyd-Jones: Roubar significa realmente apossar-se e fazer uso como se fosse sua de alguma coisa que não pertence a você, apropriar-se de algo que não é seu.

Isso inclui não só o furto de objetos ou dinheiro, mas também o egoísmo, que se apropria dos direitos do próximo, como o tempo dele, por exemplo, com atrasos, faltas ou desvio de atividades no trabalho, etc. Pedro alerta quanto a isso:

Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês. Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito (1Pe 1.17-19).

Como cristãos, não pertencemos a nós mesmos; por isso nosso objetivo não deveria ser adquirir bens, mas trabalhar para poder repartir:

Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.  Cada um cuide não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros (Fp 2.3-4).

Abandonar as conversas torpes

Não se trata apenas de grosseria ou de palavrões, mas de falatório fútil sem utilidade (fofocas, maledicência, ofensas, etc.). Em vez disso, o que falamos deveria ser bem pensado para beneficiar nosso próximo (v 29) e ser coerente:

Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! Acaso pode sair água doce e água amarga da mesma fonte? (Tg 3.9-11).

Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um (Cl 4.5-6).

Por que devemos abandonar essas coisas?

A vida cristã não é mero cumprimento de regras, tais como as instruções que Paulo dá em Efésios 4, mas é o inverso: tais procedimentos são o fruto da vida cristã e sua marca de autenticidade:

Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?  Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado (1Co 3.16-17).

Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja.
Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo
(Rm 8.5,9).

A verdadeira mudança radical é:

Do velho homem, com
amargura,
indignação e ira,
gritaria e calúnia,
maldade.

Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira (Ef 2.1-3)

para o novo homem
bondoso,
compassivo e
perdoador:

Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos (Ef 2.4-5).

Pr Wilson R. Greve – domingo, 16/8/2020


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