Plantando a vida de Deus
30/04/2017 | Mensagens, Pr Evaldo Kriger, Série "Mutualidade"
ou: Ensinem uns aos outros
Série “Mutualidade”
Pr Evaldo “Fritz” Kriger (pregação de 30/4/17)
Texto bíblico básico: Colossenses 3.12-16
Introdução:
A igreja seria pobre se dependesse só dos pastores. Por isso, Deus planejou a igreja como um corpo vivo: membros servindo e abençoando membros… é a mutualidade – a prática dos mandamentos recíprocos – “uns aos outros”.
O contexto geral da referência bíblica indicada é a nova vida em Cristo!
Há muitas lições a aprender nesta nova vida em Cristo:
- v.12: compaixão / bondade / humildade / mansidão / paciência
- v.13: suportar e perdoar os outros
- v.14: amar
- v.15: – discernir a paz de Cristo
– viver à luz da paz de Cristo
– viver como comunidade / corpo vivo
– ser agradecido - v.16: internalizar a Palavra de Cristo
Seria impossível ensinar tudo isso coletivamente a milhares de pessoas (lembrando: a igreja primitiva em Jerusalém começou com 3.000 membros, com apenas 12 apóstolos para orientá-la!).
Daí a necessidade dos mandamentos recíprocos para cumprir o mandamento de Jesus em Mt 28.19-20 – fazer discípulos e ensiná-los.
No ensino secular, o critério de sucesso é a assimilação de informação.
No ensino espiritual busca-se a transformação do discípulo (2Tm 3.16-17).
Na vida espiritual, não basta ter conhecimento da matéria: é preciso vivê-la na prática.
Em 1Ts 1.4-10, Paulo nos dá um bom exemplo de como plantar a vida de Deus em profundidade. O resultado dessa transformação dos tessalonicenses foi:
- Deixaram um tipo de vida (os ídolos).
- Converteram-se (foram transformados, não só informados).
- Eram o assunto na Macedônia e na Acaia (testemunho dos outros).
Como isso aconteceu? Os elementos indispensáveis estão no v 5:
– Evangelho / poder / Espírito Santo
Vamos, porém, examinar o elemento humano (no exemplo bíblico: Paulo).
1. Os resultados dependem de quanto o ensino combina coma vida (v 5b)
– “Vocês sabem como procedemos entre vocês.”
– v 6 – “Vocês se tornaram nossos imitadores.”
– O que Paulo pregava, ele vivia!
– Os resultados entre os tessalonicenses vieram com a imitação do procedimento; ou seja, da vida – de Paulo. Ver também 1Ts 2.3-6, 10 e 1Ts 3.7-9.
– Note a grande diferença em comparação com os escribas e fariseus em Mt 23.2-3, 27-28.
– A medida da vida espiritual é o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23).
2. Os resultados dependem da transparência do modelo:
Ao expor as qualidades da vida espiritual, Paulo insiste em reafirmar que os tessalonicenses e também Timóteo sabiam do seu procedimento para poder imitá-lo:
1Ts 2.1-2, 9; 2Tm 3.10.
Na vida diária surgem muitos dilemas e problemas – de que modo o nosso procedimento oferece respostas a perguntas como estas que seguem?
– Como lidar com meu chefe que me humilha?
– Como você enfrenta a crise, a injustiça, o medo?
– Como você administra a raiva?
– Como é sua lista de prioridades, seus relacionamentos, sua agenda?
– Como você lida com as finanças?
3. Os resultados dependem da profundidade do relacionamento (1Ts 2.7-8; 11-12).
– “Como uma mãe” – v 7
– “Como um pai” – v 11
– Relacionamento profundo, sem receios! (2Co 12.15)
– Interesse / atenção / amor
Relacionamentos rasos não podem produzir resultados profundos!
Mc 3.14 – Jesus chamou os 12 “para que estivessem com ele”.
Ele próprio era o modelo e a referência!
Conclusão / Aplicação
O discipulado é o grau mais alto do “uns aos outros”. É investimento de uma vida toda; é vida na vida!
É melhor um investimento profundo em poucos do que um investimento superficial em muitos!
O relacionamento profundo vai gerando vida, experiência, maturidade e capacidade de reprodução. Nasce outro discípulo-discipulador!
E, mesmo que sua vida termine, a semente ficou!
Mesmo que você vá embora, a sua marca está presente nos seus imitadores. E, sobretudo, a marca de Cristo!
Desafio: Ore para que Deus lhe mostre uma pessoa em quem você possa investir, gastar tempo, compartilhar a vida de Deus e conduzir à maturidade em Cristo. Comece a praticar este “uns aos outros”.
Mas lembre-se: nossa tarefa não é fazer discípulos de nós mesmos, mas de Cristo! Para isso, precisamos ser imitadores dele!