Nossa vida, uma jornada
30/01/2023 | Mensagens, Pastores visitantes
Texto bíblico básico: Mt 8.23-27
Nossa vida tem começo e fim; pode ser longa ou mais curta e tem seus dias contados. Por isso é muito importante saber o rumo da nossa jornada.
O cristão conhece o destino; ser cristão significa seguir Jesus. Por isso, Jesus convida as pessoas com as palavras “Segue-me!” Exemplos: os primeiros discípulos, Mateus, o publicano. o jovem rico…
Àqueles que querem seguir Jesus espontaneamente, ele adverte sobre as implicações disso, mas não deixa de chamá-los (Mt 8.19-22).
No texto bíblico básico acima, os discípulos seguiram Jesus quando ele entrou no barco. Temos três pontos a destacar nessa viagem:
- os problemas;
- o medo;
- a poderosa mão de Deus.
1. Os problemas
Antes de embarcar com Jesus para a travessia, os discípulos haviam passado um ótimo dia. Presenciaram milagres, viram a multidão crescer em torno de Jesus e então obedeceram à instrução dele para passar à outra margem.
De repente, porém, tudo muda, e é o que muitas vezes acontece na nossa vida. Em meio à alegria do trabalho para o Senhor, sofremos investidas do mal e ficamos abatidos e desanimados.
Tais situações foram frequentes para os discípulos de Jesus.
O último Segue-me de Jesus se dirige a Pedro em Jo 21.29, acompanhado do anúncio do martírio que ele sofreria.
Paulo chegou a ser apedrejado em Listra (At 14.22).
Nós muitas vezes passamos por sofrimentos na carne:
- doenças graves e acidentes;
- problemas econômicos;
- desemprego;
- infortúnios familiares, etc.
Crises na vida espiritual
- tentações;
- dúvidas;
- desânimo e vida morna;
- apelo das coisas materiais e dos prazeres da carne.
Paulo comenta isso em Rm 7.15:
Não entendo o que faço, pois não faço o que desejo, mas o que odeio.
Crises da igreja
- Perseguições;
- Crescimento do paganismo e da superstição;
- Falsificação doutrinária.
Confiança em nossa própria experiência e não em Deus – falsa segurança.
2. O medo
Medo, susto e pânico são naturais quando nos defrontamos com situações inesperadas e difíceis, mas para os discípulos no barco havia algo mais: o Mestre estava dormindo! Era como se ele não estivesse presente. Onde estaria o seu poder e cuidado? Parecia que ele não dava importância ao problema!
Por que nossa fé vacila quando é posta à prova? Algumas razões:
Nossa incredulidade natural, expressada pelo pai do menino endemoninhado em Mc 9.24:
Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé!
Cálculos humanos. Em Nm 20.8, Deus ordena a Moisés que fale à rocha para que ela desse água, mas ele preferiu bater nela, como se precisasse colaborar com o milagre.
3. A poderosa proteção divina
Jesus nem se preocupa com o perigo que o barco corria, mas com a falta de fé dos discípulos. Jesus dormia porque confiava em Deus.
Eis alguns contrastes em tais situações:
- temporal e calma;
- pânico e paz;
- desespero e confiança;
- discípulos gritando e o Mestre dormindo;
- discípulos prevendo a morte e Jesus seguro nas mãos poderosas do Pai.
Jesus não repreende os discípulos por terem-no acordado, mas sua falta de fé.
A fé é fundamental para a vida cristã, e ela enfraquece quando não é alimentada pela palavra de Deus.
Conclusão
Jesus dormia porque confiava em Deus.
Nós não conseguimos dormir porque a nossa fé está adormecida.
Jesus promete:
Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20).
Temos um Senhor que nos ama e nos conhece pelo nome, um por um, e nos sustenta mesmo nos momentos de extrema angústia. Deus diz:
Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu é meu! (Is 43.1).
Que resposta você e eu vamos dar à palavra de Deus? Você decide!
Guia, Cristo, a minha nau
sobre o revoltoso mar,
tão enfurecido e mau:
quer fazê-la naufragar!
Vem, Jesus, ó vem guiar,
minha nau vem pilotar. Amém!
Pr. Hartmut Richard Glaser – domingo, 30/1/2023