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Um bom motivo para agradecer

21/03/2022 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série "Perseverança"

Série Perseverança (1)

Texto bíblico básico: 1Ts 1.1-3

1. Introdução

Numa época em que as comunicações à distância e as visitas eram complicadas, as cartas eram um instrumento importante para manter contatos. O apóstolo Paulo fazia bastante uso desse recurso. Como a própria técnica ou arte de escrever também oferecia dificuldades, ele geralmente preferia ditá-las a algum dos seus companheiros.

A primeira carta aos Tessalonicenses deve ter sido escrita em Corinto ou Atenas, por volta dos anos 50 ou 51.

A cidade de Tessalônica ficava situada na Macedônia. Ela tem esse nome em homenagem à meia-irmã de Alexandre o Grande.

A Igreja de lá foi fruto do esforço direto de Paulo durante a sua segunda viagem missionária, quando ele e seus companheiros foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar na Ásia Menor:

Paulo e seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia.
Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu. Então contornaram a Mísia e desceram a Trôade. Durante a noite, Paulo teve uma visão na qual um homem da Macedônia estava em pé e lhe suplicava: “Passe à Macedônia e ajude-nos”. Depois que Paulo teve essa visão, preparamo-nos imediatamente para partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos tinha chamado para lhes pregar o evangelho. Partindo de Trôade, navegamos diretamente para Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis. Dali partimos para Filipos, na Macedônia, que é colônia romana e a principal cidade daquele distrito. Ali ficamos vários dias
(At 16.6-12).

Em Filipos, Paulo e Silas foram presos por uma noite por causa do evangelho.

Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas foram à casa de Lídia, onde se encontraram com os irmãos e os encorajaram. E então partiram. Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga judaica (At 16.40; 17.1).

2. O propósito da carta

Paulo fundou a igreja em Tessalônica e deixou lá uma comunidade firme e atuante. Um bom motivo para ser grato.

Nas palavras do teólogo Carlos Osvaldo Pinto, o propósito de 1 Tessalonicenses foi

encorajar uma Igreja vibrante a perseverar na conduta cristã adequada
em meio a tribulações em vista da esperança da manifestação iminente de Cristo.

Por isso, Paulo diz:

Sempre damos graças a Deus por todos vocês, mencionando-os em nossas orações. Lembramos continuamente, diante de nosso Deus e Pai, o que vocês têm demonstrado: o trabalho que resulta da fé, o esforço motivado pelo amor e a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts 1.2-3).

3. Uma fé palpável

A conduta dos tessalonicenses dá uma lição de vida cristã prática, no espírito dos ensinamentos das cartas de Tiago e aos efésios:

Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia
e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. Mas alguém dirá: “Você tem fé; eu tenho obras”. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras
(Tg 2.15-18).

Cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo. “Quando vocês ficarem irados, não pequem”. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha e não deem lugar ao diabo. O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade. Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem (Ef 4.25-29).

Martyn Lloyd Jones comenta a respeito:

Proclamamos definitivamente o que somos não pelo que dizemos, e sim pelo que fazemos.

4. Um amor diligente

O exercício do autêntico amor divino implica dedicação, esforço e mesmo trabalho pesado e cansativo:

Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade (1Jo 3.16-18).

Mas atenção: por outro lado, simplesmente dedicação e esforço não representam necessariamente amor:

Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13.3-7).

5. Uma esperança transformadora

A vida cristã caracteriza-se por resistência, firmeza e perseverança fundamentadas na esperança e na certeza da volta de Cristo:

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente somos renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos produzem para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno (2Co 4.16-18).

Jesus alertou para as dificuldades que isso implica, mas também aponta a saída e a base para a esperança que nos sustenta:

Aproxima-se a hora, e já chegou, quando vocês serão espalhados cada um para a sua casa. Vocês me deixarão sozinho. Mas, eu não estou sozinho, pois meu Pai está comigo. Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo (Jo 16.32-33).

Graças a isso, Paulo continua alegre em meio a todas as adversidades:

De fato, continuarei a alegrar-me, pois sei que o que me aconteceu resultará em minha libertação, graças às orações de vocês e ao auxílio do Espírito de Jesus Cristo. Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado. Pelo contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida quer pela morte; porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro (Fp 1-18-21).

Trata-se do que o texto grego chama de hypomene. Fritz Rienecker explica o significado dessa palavra:

Hypomene (perseverança) é o espírito que suporta as coisas não com mera resignação, mas com uma viva esperança. É o espírito que suporta as coisas porque sabe que elas estão a caminho de um alvo de glória.

Concluindo

  • Sua está sendo mostrada através de ações concretas?
  • Seu amor é percebido da mesma forma por aqueles que estão ao seu redor?
  • Sua confiança e perseverança na Palavra e em Jesus tem-se mantido firmes mesmo em meio a lutas e provas?

Pr. Wilson R. Greve – domingo, 20/3/2022


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