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Sou cristão – e agora?

21/02/2022 | Mensagens, Pr Wilson Greve

Texto bíblico básico: Hebreus 10.19-25

1. Cristo nos abriu o caminho até Deus

No texto básico de hoje, o autor de Hebreus começa a aplicar na prática o que ensinou até aí sobre o evangelho. Ele lembra que no Antigo Testamento o acesso a Deus era muito restrito – apenas o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano no Santo dos Santos do templo. Agora, porém, isso mudou. O que antes requeria grande cuidado e esforço, tornou-se fácil e convidativo para nós:

Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus (Hb 10.19-21).

Moisés já desde o início não podia aproximar-se livremente de Deus:

Disse Deus: “Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa”. Disse ainda: “Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó”. Então Moisés cobriu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus (Ex 3.5-6).

Depois, Moisés teve de instruir Arão, o sumo sacerdote, no mesmo sentido:

O Senhor disse a Moisés: “Diga a seu irmão Arão que não entre a toda hora no Lugar Santíssimo, atrás do véu, diante da tampa da arca, para que não morra; pois aparecerei na nuvem, acima da tampa (Lv 16.2).

Somente o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância (Hb 9.7).

2. Podemos aproximar-nos de Deus sem medo

Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura (Hb 10.22).

Portanto, podemos cultivar um relacionamento direto com Deus, mas muitas vezes isso acaba degenerando em mera rotina dominical. O que precisamos, porém, é praticar isso todos os dias da semana:

Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus. Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque neste mundo somos como ele (1Jo 4.15-17).

Portanto, não há razão para termos medo de nos aproximar de Deus – ele não está mais oculto atrás de um véu:

Assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável (Ef 5.25-27).

3. Devemos viver com confiança

Se Deus fez tudo a nosso favor, por que a dificuldade de viver confiando nele? Pode ser que nas dificuldades que enfrentamos isso seja difícil, mas por isso precisamos adquirir firmeza na esperança da fidelidade de Deus:

Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel (Hb 10.23).

Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? (Mt 6.26).

Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida (Jo 5.24).

4. Devemos viver em comunhão

Consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras.
Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia
(Hb 10.24-25).

No texto acima destacam-se três aspectos importantes:

4.1 Devemos incentivar-nos à prática de boas obras

Pensemos em como motivar uns aos outros na prática do amor e das boas obras (Hb 10.24 NVT).

Ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus (Mt 5.15-16).

4.2 Devemos reunir-nos para adoração

Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns (Hb 10.25).

A reunião dos membros da igreja é o único meio de aplicar os dons que o Espírito Santo nos concede para promover o crescimento espiritual da igreja e, com ele, o nosso próprio:

Pois bem, irmãos, o que fazer, então? Quando vocês se reunirem, um cantará, o outro ensinará, o outro revelará, um falará em línguas e outro interpretará o que for dito. Tudo que for feito, porém, deverá fortalecer a todos (1Co 14.26 NVT).

4.3 Devemos encorajar uns aos outros

Encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia (Hb 10.25).

O livro de Jó fornece um exemplo disso. Apesar das muitas tolices com que os amigos de Jó o incomodaram, o início da conversa trouxe um bom conselho a ele:

Pense bem! Você ensinou a tantos; fortaleceu mãos fracas. Suas palavras davam firmeza aos que tropeçavam; você fortaleceu joelhos vacilantes (Jó 4.3-4).

Jó havia dado um bom exemplo!

Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele (1Co 12.26).

Pr. Wilson R. Greve – domingo, 21/2/2022


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