Comunhão
27/09/2021 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série "O DNA do cristão"
O DNA do cristão
Texto bíblico básico: Filipenses 2.1-4
1. A comunhão é a base da igreja
No texto básico, Paulo apresenta argumentos sobre a importância da comunhão:
Se por estarmos em Cristo temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão… (Fp 2.1).
Nossa motivação deve ser o encorajamento amoroso dos irmãos:
Quem afirma estar na luz, mas odeia seu irmão, continua nas trevas. Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço (1Jo 2.9-10).
Nosso exemplo, proporcionando consolo e conforto:
Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? (1Jo 3.16-17)
Nossa condição que nos habilita à comunhão é a vida transformada que nos une:
Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos (Ef 4.4-6).
A força motriz que nos impele é afeição e compaixão com alegria – o fruto do Espírito que cresce em nós:
O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei (Gl 5.22-23).
2. A comunhão é a expressão da natureza da igreja
Por natureza, a igreja é um corpo em que todas as partes vivem unidas e dependentes umas das outras. Assim Paulo orienta os filipenses:
Completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos (Fp 2.2-3).
O mesmo modo de pensar é ter a mente de Cristo, o mesmo objetivo, as mesmas intenções, o mesmo amor e o mesmo espírito, a fim de que o mundo creia:
Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens… (Fp 2.5-7)
…e, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz (Fp 2.8).
Jesus pede ao Pai:
Que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste (Jo 17.21-23).
Para ilustrar, dois exemplos negativos (Jesus acusado de expulsar demônios mediante o poder do principal deles, e a atitude de Diótrefes diante de João):
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, subsistirá seu reino? (Mt 12.25-26).
Escrevi à igreja, mas Diótrefes, que gosta muito de ser o mais importante entre eles, não nos recebe. Portanto, se eu for, chamarei a atenção dele para o que está fazendo com suas palavras maldosas contra nós. Não satisfeito com isso, ele se recusa a receber os irmãos, impede os que desejam recebê-los e os expulsa da igreja (3Jo 9-10).
3. A comunhão é a expressão do amor de Deus
Comunhão é envolvimento mútuo em qualquer situação:
Cada um cuide não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros (Fp 2.4).
Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade (At 2.44-45).
Para concluir, uma citação de William Barclay sobre essa atitude:
Um dos mais elevados deveres humanos é o dever do encorajamento; é fácil desencorajar os outros. O mundo está cheio de desencorajadores. Temos o dever de encorajar-nos uns aos outros. Muitas vezes uma palavra de reconhecimento ou de agradecimento ou de apreço ou de ânimo tem mantido um homem de pé.
Pr. Wilson R. Greve – domingo, 26/9/2021