Vida de igreja – e eu com isso?
23/11/2020 | Mensagens, Pr Wilson Greve
Ao longo dos últimos anos, a IBASP tem passado por muitas mudanças, e estas se acentuaram primeiro com a nossa Feira de Natal em fins do ano passado, que deu mais visibilidade à igreja, e depois em outro sentido ao longo de 2020 com os efeitos da pandemia sobre todas as atividades. Tudo isso resultou no nosso novo lema:
Igreja
Bíblica
Acolhedora
Serva e
Proclamadora.
Com isso, precisamos responder à pergunta do tema acima: E eu com isso?
- O que tenho eu a ver com a igreja?
- Por que estou aqui?
- O que ela significa para mim?
O apóstolo Paulo descreve as implicações disso nas seguintes passagens:
Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo. Como disse Deus: “Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. Portanto, “saiam do meio deles e separem-se“, diz o Senhor. “Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei e lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas“, diz o Senhor Todo-poderoso (2Co 6.16-18).
Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros (Rm 12.4-5).
A igreja não é o templo, mas somos todos nós juntos, e Jesus disse:
Onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração (Mt 6.21).
Portanto, qual é sua prioridade? O que é a igreja para você?
A Bíblia – e eu com isso?
Algumas perguntas:
- O que eu tenho a ver com a Bíblia?
- Por que ela faz parte da minha vida?
- O que ela significa para mim?
Também para essas perguntas Paulo aponta respostas:
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra (2Tm 3.16-17).
Será que temos tratado de conhecer bem a Escritura, tal como sugere o autor do Salmo 119?
Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos. Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti. Bendito sejas, Senhor! Ensina-me os teus decretos (Sl 119.10-12).
Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro. Os teus mandamentos me tornam mais sábio que os meus inimigos, porquanto estão sempre comigo. Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito nos teus testemunhos. Tenho mais entendimento que os anciãos, pois obedeço aos teus preceitos. Afasto os pés de todo caminho mau para obedecer à tua palavra. Não me afasto das tuas ordenanças, pois tu mesmo me ensinas. Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais do que o mel para a minha boca! Ganho entendimento por meio dos teus preceitos; por isso odeio todo caminho de falsidade. A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho. Prometi sob juramento e o cumprirei: vou obedecer às tuas justas ordenanças (Sl 119.97-106).
A Bíblia nos confronta. Qual é a sua importância para nós?
Estudá-la aos domingos não servirá para nada se não aplicarmos seu ensino durante a semana.
Acolhimento: e eu com isso?
- O que é ser acolhedor?
- Por que preciso exercitar o acolhimento?
- Como posso me envolver na vida das pessoas?
Acolher é abrigar de graça, é agasalho, hospitalidade, pousada, amparo, proteção, refúgio. Jesus diz a respeito disso:
Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros (Jo 13.34-35).
O livro de Atos relata um belo exemplo do que é acolhida – e as pessoas que praticaram aquilo nem sequer eram cristãs! Foi depois do naufrágio do navio que levava Paulo para Roma, quando os náufragos se refugiaram numa ilha:
Uma vez em terra, descobrimos que a ilha se chamava Malta. Os habitantes da ilha mostraram extraordinária bondade para conosco. Fizeram uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio (At 28.1-2).
A carta aos Hebreus ensina o seguinte a esse respeito:
Seja constante o amor fraternal. Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber alguns acolheram anjos. Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem sofrendo no corpo (Hb 13.1-3).
Em resumo:
Igreja: Faço parte ou sou só espectador?
Bíblia: Eu a sigo e a amo ou é só um livro de cabeceira?
Acolhimento: Acho importante e tento me envolver com as pessoas ou prefiro meu conforto e minhas desculpas?
Pr Wilson R. Greve – domingo, 22/11/2020