Imitadores
24/08/2020 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série em Efésios
Série Efésios 22
Texto bíblico básico: Efésios 5.1-2
Imitar Deus
A vida cristã é muito mais do que seguir regras. Imitar Deus não é só ser obediente, mas procurar tornar-se igual a ele.
Será que conseguimos imitar Deus dessa maneira? Às vezes queremos imitar o que não é possível – p.ex. a onipotência de Deus – mas alguns dos seus atributos podemos e devemos imitar, tais como:
Santidade
Santidade é buscar só aquilo que agrada a Deus:
Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.14-16).
Bondade
Não é apenas ser gentil, mas ser bondoso com quem nos faz mal:
Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus (Lc 6.35).
Não se trata simplesmente de saber como proceder, mas de conseguir. Para isso, precisamos nascer de novo. Nossa natureza precisa mudar, e então Deus nos capacitará.
Amor
Não aquele amor sentimental, mas o amor por todos, apesar de tudo:
Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (1Jo 4.7-8).
Não é reciprocidade, mas sacrifício. Significa abandonar o que consta de Ef 4.31-32 e ir em busca dos atributos de Deus.
Como filhos amados
Um bom filho faz a vontade de seu pai.
Será o procedimento natural, apesar de todas as falhas. O amor de Deus é perfeito e sem medida, e nossa retribuição é obediência por amor:
Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros (1Jo 4.9-11).
Um bom filho honra o bom nome do pai
Pertencemos a Deus e assim não vivemos para nós, mas para aquele que morreu por nós – não fazendo que nós queremos, mas o que agrada a Deus:
Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus! (2Co 5.15+20).
Os outros não veem Deus, mas aquilo que nós fazemos. Por isso devem enxergar Deus em nós. Isso é ser embaixador de Deus.
Viver em amor
A vida em amor é suficiente – é o aroma suave que agrada a Deus:
Vocês ouviram o que foi dito: “Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo”.
Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem,
para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.
Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo demais? Até os pagãos fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês (Mt 5.43-48).
É um amor prático, diferente daquele que o mundo conhece – assim como Jesus continua a interceder por nós apesar das nossas falhas.
Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus (Mt 5.16).
O exemplo é Cristo
Vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus (Ef 5.2)
Ele nos amou incondicionalmente.
Houve tempo em que nós também éramos insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando-nos uns aos outros, mas quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador (Tt 3.3-6).
Só poderemos imitar Deusde verdade se tivermos a vida transformada e adquirirmos sua natureza.
Jesus se entregou por nós voluntariamente
Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai (Jo 10.17-18).
Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo (Jo 6.51).
Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos (1Jo 3.16).
Trata-se de decidir amar os outros apesar de tudo.
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13.1-7).
Pr Wilson R. Greve – domingo, 23/8/2020