A paz através de Cristo
27/04/2020 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série em Efésios
Série Efésios (10)
Texto bíblico básico: Efésios 2.11-22
No texto bíblico indicado, Paulo destaca um contraste entre Israel e os gentios.
Israel tinha atrás de si uma longa e turbulenta história, mas em meio a isso cheia de revelações de Deus, e por isso tinha esperança para o futuro na pessoa do Messias.
Israel mantinha viva essa esperança, podendo reportar-se às promessas de Deus no passado, como a seguinte, feita ao rei Davi:
Quanto a você, sua dinastia e seu reino permanecerão para sempre diante de mim; o seu trono será estabelecido para sempre (2Sm 7.16).
Quando, a certa altura, o rei Acaz se apavorou diante dos seus inimigos, o profeta Isaías o lembrou das promessas de Deus para o futuro, até em tom de reprimenda pela falta de fé do rei:
Disse então Isaías: “Ouçam agora, descendentes de Davi! Não basta abusarem da paciência dos homens? Também vão abusar da paciência do meu Deus? Por isso o Senhor mesmo dará a vocês um sinal: a virgem ficará grávida, dará à luz um filho e o chamará Emanuel”. (Is 7.13-14)
Israel tinha orgulho de ter Deus como rei:
Eu te exaltarei, meu Deus e meu rei; bendirei o teu nome para todo o sempre! (Sl 145.1).
Eles tinham a certeza de serem o povo escolhido de Deus.
Os gentios não tinham a esperança de Israel – não conheciam esperança nenhuma. Viviam para o momento, do qual tentavam tirar o proveito possível.
Em Efésios, Paulo dirige-se então a uma igreja de gentios (como nós) para lembrar a ela de que em Cristo esse afastamento entre nós e Deus foi superado. Nele fomos aproximados de Deus para também compartilharmos da esperança que Deus dera a Israel.
Há, porém, uma grande diferença: a promessa a Israel estava vinculada ao cumprimento da lei de Deus por eles. Sem a obediência à lei, eles passariam por muitas tribulações, embora a promessa de Deus não perdesse a validade. Para ter comunhão com Deus, eles dependiam de ocasiões, práticas e lugares especiais, como as festas, os sacrifícios e o santuário que a lei determinava.
Em Cristo, porém, temos a comunhão com Deus em qualquer lugar e a qualquer momento por sua graça, efetivada no sacrifício definitivo de Cristo por nós:
Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei para que recebêssemos a adoção de filhos. E porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês, e ele clama: “Aba, Pai!” (Gl 4.4-6)
Os gentios tinham diante de si uma barreira, que, porém, Cristo derrubou com seu sacrifício.
Os judeus deveriam ter atuado como representantes de Deus diante dos gentios, mas não entenderam a missão – contentaram-se com o privilégio e desprezaram os outros. Em Cristo, porém, essa separação foi anulada definitivamente, e o legalismo dos judeus foi substituído pela graça e o amor de Deus.
Conclusão:
Jesus e seu sacrifício aproxima-nos dos nossos inimigos. Em Cristo tornamo-nos uma nova espécie:
Cristo é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro da inimizade, anulando em seu corpo a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade (Ef 2.14-16).
Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Lugar Santíssimo pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo (Hb10.19-20).
Se andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça (1Jo 1.7-9).
É isso que nos une.
Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus (Ef 2.19).
E para encerrar:
Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo (Mt 22.37-39).
Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas. E clamavam em alta voz: “A salvação pertence ao nosso Deus que se assenta no trono, e ao Cordeiro”. Todos os anjos estavam em pé ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes. Eles se prostraram com o rosto em terra diante do trono e adoraram a Deus, dizendo: “Amém! Louvor e glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força sejam ao nosso Deus para todos o sempre. Amém!” (Ap 7.9-12).
Pr Wilson R. Greve – domingo, 26/4/2020