Nossa condição sem Cristo

02/03/2020 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série em Efésios

Série Efésios (07)

Pr. Wilson R. Greve – domingo, 1/3/2020

Texto bíblico básico: Efésios 2.1-5

Nosso texto bíblico básico nos confronta com a nossa vida diária. Paulo dá alguns alertas aos cristãos. Ele diz que, antes de sermos cristãos, estávamos mortos em nossos delitos e pecados.

Isso levanta uma pergunta: mortos, como? O que é estar vivo ou morto? Jesus responde a isso em João 17.3:

Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

João confirma isso mais tarde quando diz:

Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida” (1Jo 5.12).

Estar morto é estar longe de Deus, desconhecê-lo, não ter intimidade com ele. É o que Paulo diz em Romanos 8.6-7:

A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo.

Esta era a nossa condição sem Cristo.

Sem Cristo, vivíamos em obediência ao inimigo de Deus

Não se pode servir a dois senhores. Por isso, Jesus diz:

Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha (Mt 12.30).

Embora o cristão também cometa pecados, quem vive sem Cristo não pratica isso ocasionalmente, mas sua própria natureza é pecaminosa:

Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8).

O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (2Co 4.4).

Entretanto, não podemos simplesmente culpar Satanás por essa condição – embora ele nos induza a ela, a decisão e a responsabilidade de prática é nossa.

Satisfazíamos os desejos da carne e da mente

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada me domine. “Os alimentos foram feitos para o estômago e o estômago para os alimentos”, mas Deus destruirá ambos. O corpo, porém, não é para a imoralidade, mas para o Senhor; e o Senhor, para o corpo (1Co 6.12-13).

Em princípio, tudo o que temos é bênção de Deus – até que aquilo tome o lugar do próprio Deus: aí nos afasta dele:

Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo (1Jo 2.15-16).

Os bens da vida não são errados, desde que Deus permaneça mais importante que eles. Assim, Paulo insiste:

Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo –
e estaremos prontos para punir todo ato de desobediência, uma vez completa a obediência de vocês (2Co 10.5-6).

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).

Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam (Gl 5.16-17).

Nosso destino era a ira de Deus sobre nós

Não se trata de Deus se ofender e ficar com raiva de nós, mas sua ira é o resultado da quebra do padrão com o qual Deus nos criou. Por isso…

…o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).

Assim somos…

…justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos, mas no presente demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus (Rm 3.24-26).

Por causa do amor de Deus por nós obtivemos salvação, perdão dos nossos pecados e nova vida em Cristo:

Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos (Ef 2.4-5).

O amor de Cristo nos constrange porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2Co 5.14-15).

Este é o caminho – será que estamos andando por ele?