A oração de Paulo pelos efésios
24/02/2020 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série em Efésios
Série Efésios (06)
Pr Wilson R. Greve – domingo, 23/2/2020
Texto bíblico básico: Efésios 1.17-23
Nos versículos anteriores, Paulo descreve a obra da salvação. A partir do v 17, ele trata do desenvolvimento dessa obra sob ação do Espírito Santo. Trata-se de aprofundar aquilo que já temos e conhecemos sobre a natureza de Deus, tornando-o mais concreto e palpável (v 17: que tenham pleno conhecimento de Deus).
O primeiro pedido de Paulo
- Que o Espírito Santo os ajude a conhecer a Deus;
- Que o Espírito Santo lhes dê sabedoria e revelação:
Que o Espírito Santo os ajude no pleno conhecimento de Deus
Trata-se de pôr em prática o que já sabemos a fim de conhecer Deus mais profundamente. Conhecer Deus é mais do que aquilo que sabemos a respeito dele:
Quem conhece as coisas do ser humano, a não ser o próprio espírito humano, que nele está? Assim, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. E nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente (1Co 2.11-12).
A experiência de Jó reflete isso:
Tu disseste: “Agora escute, e eu falarei; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá”. Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram (Jó 42.4-5).
Que o Espírito Santo conceda sabedoria e revelação:
Sabedoria (sophia): conhecimento, capacidade de entender e aplicar o conhecimento adquirido. É mais do que conhecimento acumulado. A sabedoria não vem do nosso esforço, mas do que o Espírito Santo põe no nosso coração:
Falamos da sabedoria de Deus, do mistério que estava oculto, o qual Deus preordenou antes do princípio das eras, para a nossa glória. Nenhum dos poderosos desta era o entendeu, pois, se o tivessem entendido, não teriam crucificado o Senhor da glória (1Co 2.7-8).
Revelação (apokalypseos): tornar conhecido, desvendar quais são os grandes benefícios da salvação. A esse respeito, Paulo comenta a situação dos judeus que rejeitaram Cristo:
As mentes deles se fecharam, pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido. De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações. Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado (2Co 3.14-16).
O segundo pedido de Paulo
Que conheçam a esperança para a qual foram chamados:
Ela resulta da nossa experiência pessoal:
O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16).
Que conheçam as riquezas da gloriosa herança de Deus: trata-se da promessa que Deus nos dá:
Quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: “Certamente eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes” (Hb 6.13-14).
Todavia, como está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1Co 2.9).
Que conheçam a grandeza do seu poder: não somos nós que produzimos as bênçãos que esperamos; a obra é de Deus:
Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês vai completá-la até o dia de Cristo Jesus (Fp 1.6).
Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo o que verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que creem (1Ts 2.13).
Portanto, ainda há algo muito melhor nos aguardando.
O resultado e a promessa para o futuro
Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Pois foi por meio dela que os antigos receberam bom testemunho (Hb 11.1-2).
Se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação (2Co 5.17-18).
O Espírito Santo é o que realiza em nós toda a obra do conhecimento de Deus. A nossa parte é deixá-lo agir. Ele nos limpará daquilo que perturba, como se poda uma planta para que produza mais.
Pergunta: Qual é a nossa proximidade com Deus?