O presente da esperança!
16/12/2019 | Mensagens, Pr Wilson Greve
Pr. Wilson R. Greve – domingo, 15/12/19
Texto bíblico básico: João 1.9-13
A época do Natal é cheia de movimento em torno de bons propósitos. Vivemos sempre na expectativa de melhorar as condições da nossa vida, e chamamos isso de esperança – mas ela não é verdadeira quando se baseia em coisas passageiras.
Nosso coração é enganoso
Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor (Jeremias 17.5).
O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa, e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? (Jeremias 17.9).
A prova da nossa incapacidade de criar uma base sólida para a vida é que, por mais que se consiga mudar algo, nossa ansiedade permanece. Salomão descreve bem essa situação em Eclesiastes 2.10-11:
Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração. Na verdade, eu me alegrei em todo o meu trabalho; essa foi a recompensa de todo o meu esforço. Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há qualquer proveito no que se faz debaixo do sol.
Enquanto a nossa esperança se basear nisso, ela se perderá. A verdadeira solução está no nosso texto bíblico básico:
Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens. Aquele que é a Palavra estava no mundo e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram no seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os que não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.
Cristo é a luz genuína
Os gregos distinguiam entre dois mundos: o visível, das aparências, e o sobrenatural e verdadeiro, onde os fatos ocorrem efetivamente. Com sua encarnação, Cristo veio do mundo sobrenatural para dentro do nosso, visível. Com isso…
- …a encarnação de Cristo trouxe Deus aos homens.
No Antigo Testamento, Deus se apresentou aos homens como o Santo e Justo; no Novo Testamento, Jesus nos trouxe o Deus amoroso. Ele sinalizou isso por seus milagres. O primeiro exemplo disso foi a transformação de água em vinho nas bodas de Caná:
Este sinal miraculoso, em Caná da Galiléia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele (João 2.11).
Diferentemente dos outros evangelistas, João focaliza por meio dos milagres a glória de Deus. Outro exemplo foi a cura do filho de um oficial romano:
Então o pai percebeu que aquela fora exatamente a hora em que Jesus lhe dissera: “O seu filho continuará vivo”. Assim, creram ele e todos os de sua casa.
Esse foi o segundo sinal miraculoso que Jesus realizou depois que veio da Judeia para a Galileia (João 4.53-54).
- …a encarnação de Cristo trouxe vitória sobre a morte.
Jesus diz em João 11.25-26:
Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente.
- …a encarnação de Cristo foi suficiente para livrar do pecado toda a humanidade.
Deus promete em Isaías 49.6-7:
É coisa pequena demais para você ser meu servo para restaurar as tribos de Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei. Também farei de você uma luz para os gentios, para que você leve a minha salvação até aos confins da terra. Assim diz o Senhor, o Redentor e o Santo de Israel, àquele que foi desprezado e detestado pela nação, ao servo de governantes: “Reis o verão e se levantarão, líderes verão e se encurvarão por causa do Senhor, que é fiel, o Santo de Israel, que o escolheu”.
O problema do homem
Desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram (Romanos 1.20-21).
Muitas vezes também agimos como Paulo escreve nessa passagem. Vemos o cuidado de Deus, mas nem sempre o reconhecemos. Por isso, Paulo recomenda:
Assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno (2 Coríntios 4.18).
Onde está o nosso foco?
A solução de Deus para nós foi a adoção como filhos
Repetindo a passagem já citada no início:
Aos que o receberam, aos que creram no seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os que não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.
O convite para isso vem do próprio Deus…
Vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus (Romanos 8.17).
…mas o relacionamento com o Pai também depende de nós.
Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória (Romanos 8.17).
É preciso se envolver:
Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos (João 14.15).
Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele (João 14.21).
É preciso não se preocupar como se os problemas do momento fossem tudo. Crer é saber que Deus assume todas as condições da nossa vida. Jesus promete:
Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.
Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver (João 14.1-3).
Não se deixe atropelar pela correria, mas ponha sua esperança em Cristo.
A vida de Deus em nós não se destina só a garantir um lugar no céu, mas também a nos conduzir através do que experimentamos aqui e agora.