As cidades de refúgio
04/11/2019 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série "Josué"
Série Josué (14)
Pr Wilson R. Greve – domingo, 3/11/19
Texto bíblico básico: Josué 20.1-9
Deus providencia cidades de refúgio para o povo
Quando o povo de Israel estava prestes a entrar na terra prometida, Deus lhe deu a seguinte instrução:
Seis das cidades que vocês derem aos levitas serão cidades de refúgio, para onde poderá fugir quem tiver matado alguém. Além disso, deem a eles outras quarenta e duas cidades (Nm 35.6).
Diga aos israelitas: Quando vocês atravessarem o Jordão e entrarem em Canaã, escolham algumas cidades para serem suas cidades de refúgio, para onde poderá fugir quem tiver matado alguém sem intenção (Nm 35.10-11).
Moisés separou três cidades a leste do Jordão para onde poderia fugir quem tivesse matado alguém sem intenção e sem premeditação. O perseguido poderia fugir para uma dessas cidades a fim de salvar a vida. As cidades eram as seguintes: Bezer, no planalto do deserto, para a tribo de Rúben; Ramote, em Gileade, para a tribo de Gade; e Golã, em Basã, para a tribo de Manassés (Dt 4.41-43).
Existia já desde antes da lei de Moisés uma lei genérica impondo a pena de morte por assassinato, a ser executada por algum parente da vítima – o “vingador de sangue”:
Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado (Gn 9.6).
Para o povo de Israel, porém, Deus já reconheceu desde o início (Ex 21.12-14) uma exceção a essa lei nos casos de homicídio acidental. São as instruções reproduzidas acima e que são confirmadas em Josué 20.3-6.
Mais detalhes sobre isso encontram-se em Nm 35.16-24.
A lei penal deveria ser cumprida por todos
Todo o povo deveria contribuir para assegurar o cumprimento da lei tanto de execução penal como de sua exceção nos casos acidentais:
O acusado deverá permanecer em sua cidade de refúgio até a morte do sumo sacerdote; somente depois da morte do sumo sacerdote poderá voltar à sua propriedade. Estas exigências legais serão para vocês e para as suas futuras gerações, onde quer que vocês vivam … Não aceitem resgate por alguém que tenha fugido para uma cidade de refúgio, permitindo que ele retorne e viva em sua própria terra antes da morte do sumo sacerdote. Não profanem a terra onde vocês estão. O derramamento de sangue profana a terra, e só se pode fazer propiciação em favor da terra em que se derramou sangue mediante o sangue do assassino que o derramou. Não contaminem a terra onde vocês vivem e onde eu habito, pois eu, o Senhor, habito entre os israelitas (Nm 35.28-29;32-34).
Para pensar: Como aplicar para nós essa prática de justiça considerando o ensino de Jesus no Sermão do Monte (Mt 5.21-26)?
Cristo, nosso refúgio
Todos nós estamos debaixo das consequências do pecado:
Como está escrito: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”. … Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rm 3.10-12,23).
O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).
Cristo é o Salvador prometido:
Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar nas eras que hão de vir a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.6-9).
Cristo veio para todos, inclusive para os que pecaram deliberadamente:
Aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus (Jo 1.12-13).
Cristo nos dá verdadeira liberdade:
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça (1Jo 1.9).
A obra redentora de Cristo é completa e definitiva:
Ora, daqueles sacerdotes tem havido muitos, porque a morte os impede de continuar em seu ofício; mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles. É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus. Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E ele fez isso de uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu. Pois a Lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas; mas o juramento, que veio depois da Lei, constitui o Filho, perfeito para sempre (Hebreus 7.23-28).