A porta e o caminho estreitos
04/02/2019 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série "O sermão do monte"
Série “O sermão do monte”
Pr Wilson Greve (3/2/2019)
Texto bíblico básico: Mateus 7.13-14
No texto bíblico em pauta, Jesus nos põe diante de uma escolha. A porta e o caminho largos e a porta e o caminho estreitos. Não há outra opção.
A porta larga é simplesmente uma via confortável, por onde podemos passar do modo como queremos e levando o que quisermos.
Já a porta estreita é uma passagem extremamente apertada, que obriga a largar tudo o que carregamos conosco, e mesmo assim ainda exige esforço para passar.
O que é essa porta estreita que conduz à vida? Em João 10.7-9, Jesus explica:
Digo-lhes a verdade: eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo.
Jesus é a porta. Para passar por ela, precisamos largar tudo que carregamos conosco: nossas convicções e preferências. Só assim poderemos conhecer Jesus de fato. O ponto de partida para nossa decisão é:
Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rm 3.23).
O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).
Ou seja, nada do que temos conosco é aproveitável para ganhar a vida eterna. A questão então é: se Deus nos chamar hoje à sua presença, como ficaremos?
Jesus quer que dependamos exclusivamente dele.
Nossa tendência é olhar em torno de nós em vez de para nós mesmos.
Quando Jesus realizou o milagre da multiplicação dos pães, aquele povo todo se empolgou com o pão e os peixes que ele distribuiu – é fácil acreditar naquilo que vemos e que podemos pegar.
Jesus teve então de alertá-los para o verdadeiro pão, explicando:
Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede. Mas, como eu lhes disse, vocês me viram, mas ainda não creem (Jo 6.35-36).
Deus tanto amou o mundo que deu o seu filho unigênito para que todo que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
O que importa não são os benefícios que (aparentemente) temos hoje, mas como passaremos a eternidade. O que adianta o conforto (porta larga) hoje se com isso perderemos a própria vida?
A hora de decidir é hoje.
Passar pela porta estreita é necessário, mas depois é preciso também prosseguir na caminhada pelo caminho estreito ao qual ela conduz. Também ali não bastam nossos bons esforços. O episódio do jovem rico que perguntou a Jesus a respeito da vida eterna ilustra isso quando Jesus solicitou que ele cumprisse os mandamentos de Deus:
“A tudo isso tenho obedecido. o que me falta ainda?” “Se quiser ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-me” (Mt 19.20-21).
Seguir Jesus – andar pelo caminho estreito – é a chave. Sem isso, jamais chegaremos ao alvo:
Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? (Rm 6.1-2)
E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De maneira nenhuma! Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem? (Rm 6.15-16).
O caminho estreito leva a uma mudança genuína – uma vida totalmente nova, e essa decisão não tem retorno:
Jesus disse aos seus discípulos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me (Mt 16.24).
Quem carrega uma cruz caminha para a morte – mas Jesus ressuscitou dessa morte e promete o mesmo a quem o seguir:
O Filho do homem virá na glória de seu Pai com os seus anjos e recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito (Mt 16.27).
Jesus tem o poder de transformar toda a nossa vida. A recompensa é a vida eterna, mas é preciso entregar a vida inteira a ele.