Um novo padrão para adultério e divórcio

20/08/2018 | Mensagens, Pr Wilson Greve, Série "O sermão do monte"

Pr. Wilson R. Greve (resumo da mensagem de 19/8/18)

Texto bíblico básico: Mateus 5.27-32

Introdução

Este texto bíblico trata especificamente de adultério e divórcio, mas os princípios ensinados aqui por Jesus podem também ser aplicados a outras áreas da vida.

Ele começa com um mandamento: Vocês ouviram o que foi dito: Não adulterarás” (Mateus 5.27).

Jesus então interpreta esse mandamento de maneira inesperada: Mas, qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, comete adultério (v 28).

Ou seja, o que importa, afinal, nem é o ato praticado, mas a intenção por trás dele. O pecado começa dentro de nós. O ato é apenas sua manifestação. Por isso, a Bíblia orienta: Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida (Provérbios 4.23).

Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ser consumado, gera a morte (Tiago 1.14-15).

Assim, em vez de desafiarmos a nós mesmos brincando com o pecado e arriscando-nos a cair, Jesus recomenda a atitude radical de “arrancar o olho” e acabar de uma vez com isso.

Sobre o divórcio, Jesus cita Deuteronômio 24, dizendo: Foi dito: aquele que se divorciar de sua mulher, deverá dar-lhe certidão de divórcio (Mateus 5.31).

Em seguida, Jesus discute as posições legalistas dos rabinos da sua época, que variavam entre extremos de liberalismo (um vale-tudo para o divórcio) e uma postura bem restrita.
Jesus, então, não tenta interpretar a lei de Moisés, mas reporta-se ao início da criação, em que aparece o padrão original de Deus:

O homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. Assim, eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe. Perguntaram eles: ‘Então por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora?’ Jesus respondeu: ‘Moisés permitiu que vocês se divorciassem de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio’ (Mateus 19.5-8).

O fato é que os princípios bíblicos se foram degradando com o tempo, e Jesus insiste em que devemos perseverar (exceções não podem ser tomadas como regra): Justo és Senhor, e retas são as tuas ordenanças. Ordenaste os teus testemunhos com justiça; dignos são de in-teira confiança (Salmo 119.137-138).

Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes (Tiago 1.17).

Diante dos princípios divinos vistos até aqui, como devemos agir? Seguem quatro propostas:

1) Identifique os perigos

• Os olhos e as mãos são os provocadores do pecado.
• As paixões se alojam só naquele que as vê.

2) Crie barreiras para o pecado

A Bíblia ensina a resistir ao diabo, mas a fugir do pecado. Para isso temos esta promessa: Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar, mas quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape para que o possam suportar (1 Coríntios 10.13).

3) Mantenha-se sensível à Palavra do Senhor:

Temos de cuidar para entender corretamente a Palavra de Deus e não abusar dela para tentar justificar o pecado. Neste sentido, Paulo alerta: Virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando para os mitos (2 Timóteo 4.3-4).

4) Não seguir os padrões do mundo.

Lembrando: o pecado nasce e cresce dentro de nós: Não se amoldem aos padrões deste mundo, mas trans-formem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12.2).